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MH COMICS: Ludiel O Anjo Moldador #3 - A Ameaça de Gaap




Ao sair do beco escuro o casal de anjos se encontrava em uma rua pouco movimentada, Gal tinha uma aparência leve e despreocupada, muito improprio para o momento que viviam segundo o julgamento de Ludiel. A Anja coloca as mãos no bolso do seu Sobretudo preto com grandes botões e se encolhe evidenciando o frio que estava sentindo.
            Gal está estranha, talvez a Luz tenha lhe falado algo, ou talvez ela esteja mesmo corrompida pelas trevas... Não sei mais em quem posso confiar. Pensava Ludiel enquanto olhava sua parceira.
- Droga. Eu não acho meus cigarros. Diz Gal rompendo o Silencio.
- Fumar seria muito bom agora.
            Ludiel move suas mãos e um maço de cigarros aparece nas mãos de Gal.
- Você quer um? Pergunta Gal enquanto estende a mão oferendo um cigarro.
- Não temos tempo para vícios humanos Gal. Corta Ludiel um tanto quanto sem paciência.
            Gal joga um dos cigarros para cima como quem joga uma bola de massagem, depois pega o mesmo no ar e coloca em sua boca. Volta a tatear seus bolsos e diz:
- Eu não tenho fogo.
            Ludiel Já demostrando impaciência molda a entropia criadora formando um isqueiro nas mãos de Gal e logo após diz:
- Agora tem. Ludiel Olha em volta para sentir o ambiente.
- Não é bom ver a cidade daqui, devíamos ir para cima, sabe coisas de anjo. Gal diz isso olhando com seus olhos azulados para os olhos de Ludiel. Dez segundos de silencio tomam conta do ambiente e logo Ludiel responde.
- Nem todos os anjos...
- Foi apenas uma piada Ludiel. Gal explica percebendo a insatisfação de seu irmão.
- Não estou para piadas Gal. Provavelmente o Anjo Negro está com as armas da Cidade de Prata apontadas para minha cabeça por eu ter salvo sua vida.
- Você deveria estar preocupada, quase foi incinerada. [como visto em Ludiel #2]
- Não se preocupe, as notícias que tenho de nosso pai são boas. Diz Gal esboçando um sorriso confiante.
- Ele ainda fala com você? Achei que ele não estava mais falando com ninguém. Disse o Moldador demostrando claramente estar confuso com tudo que estava acontecendo.
- Eu acho que...
            Gal para a frase no meio e encara Ludiel por alguns segundos, quando enfim esboça um:
-Droga.          
            Nisso um grande buraco incandescente se formou no estomago de Gal e foi aumentando tomando seu corpo, Ludiel podia ver o outro lado pelo buraco que se formava.
- Gal não! Gritou o Anjo enquanto via sua irmã ser tragada pelo fogo.
            Em seu peito também começa a se formar um buraco incandescente e rapidamente começa a se alastrar pelo seu corpo.
-Maldito Anjo Negro! Ludiel Grita ao vento antes de ser tragado pelo buraco.
            Ao Abrir os olhos Ludiel se via em um quarto de hotel bem humilde, com um tapete verde, uma pequena janela, uma porta que provavelmente daria para o banheiro, uma cama de casal onde existia um homem amarrado, ele estava se contorcendo e babando muito.
            Ao tentar se mover, o anjo Moldador percebe que está preso, não podendo se movimentar.
- Não imaginava que o Abismo fosse assim. Diz Ludiel confuso.
- Não é o Abismo... É Anthony.
            Subitamente a porta se abre e dela sai um padre, ele trajava roupas prateadas e costumava fazer bicos de exorcismo extraclasse por todo Quinto dos Infernos, o chamavam de Anthony O Invocador, devido a suas habilidades de invocar qualquer anjo forçadamente. Estava com uma bíblia em suas mãos.
- Ora, não sabia que tinha invocado também o Moldador. Diz o padre olhando para Ludiel.
- O que você quer Anthony? Inquire Gal com um ar de poucos amigos.
-           Ludiel olhava para o padre se perguntando quem seria esse homem que era capaz de invocar os anjos quando quisesse.
- Ele é O Invocador. Diz Gal como se previsse os pensamentos de Ludiel.
- Reparei em seu olhar confuso, preferi deixar as coisas claras. Completou Gal.
- Belo espécime que você está andando Gabriel, mas eu preciso dos seus serviços. Diz o Invocador enquanto olhava para Ludiel. 
- Não invoquei vocês sem motivo.
- Mortal você está mexendo com coisas que não compreende. Diz Ludiel tentando intimidar o padre.
- Compreendo muitas coisas, invoco vocês a meu bel prazer, porém como disse não invoquei vocês sem motivo, preciso de vocês para realizarem a obra de nosso pai.
- Olhem para cama! Ordenou Anthony ao casal de anjos.
- Este homem está possuído. Conclui Gal ao ver o homem.
            Ludiel sente o cheiro do abismo emanando do pobre homem, claramente um demônio o possuirá, o anjo ao sentir a gravidade do problema exclama:
- Droga...
- Obviamente invoquei vocês para resolverem este problema. Complementa o invocador.
- Pode dizer moldador, é uma tarefa nobre, não é? Mereço umas bênçãos suas. Diz Anthony
- Neste momento não estou incumbido de dar bênçãos a ninguém mortal, estou incumbido apenas de destruir demônios. Ludiel diz estas palavras e tenta se mover, porém ainda está sobre o encanto do invocador.
- Me liberte logo! Manda o Anjo em tom irritado.
            O invocador abre sua bíblia e estende suas mãos, quando ia abrir sua boca, um homem de aparentemente um metro e sessenta de altura, com um rosto todo escuro não podendo reconhecer uma face, trajava jaquetas jeans, calças Jeans e um par de tênis, começou a sair de dentro do homem que se encontrava deitado. 
            Ao sair o homem olhou para o casal de anjos surpreso e se teletransportou sumindo diante dos olhos de todos no quarto de hotel. Ao ver está situação o Invocador rapidamente pronuncia a palavra:
- Shalom! 
            Neste momento os Anjos sentem como se amarras invisíveis tivessem sido tiradas de seus corpos e eles estavam livres para se mover.
- Vão atrás dele! Vão atrás dele! Anthony diz desesperado.
- Vamos! Gal diz enquanto pula da janela
- Quem é ele? Pergunta Ludiel
- Vai! Anthony grita novamente.
            Ludiel pula da janela e cai em um beco onde Gal o esperava.
- Eu vou reto e você vai por cima, vamos cercar ele. Diz Gal enquanto corre pelo beco.·.
            Ludiel molda uma plataforma flutuante, mais uma de suas invenções da cidade de prata e alça voo, em meio aos prédios e aos olhares de algumas pessoas que o confundiam com algum herói, Ludiel voava para flanquear o misterioso homem.
            Ao descer na frente do homem, o estranho sorriu e levantou as mãos enquanto dizia.
-Calma, Calma Moldador.
            Moldador aponta sua pistola celeste para o estranho e pergunta:
- Quem é Você? Qual seu nome, demônio?
- Ué moldador. Você não me conhece? Bem muito tempo no inferno devo estar irreconhecível. Responde o homem.
- Meu nome é cruel e ainda não sou um demônio, espero chegar lá algum dia. Eu vim da zona sul do inferno. Completa o homem.
- Cruel é um dos capangas de Gaap. Diz Gal chegando correndo por trás de cruel.
- Então você nem um Anjo foi, é apenas uma cria. Diz Ludiel menosprezando seu adversário.
- Já sou líder de uma Legião sabia? Diz Cruel, orgulhoso.
- Possuindo pessoas inocentes? Você é uma vergonha! Diz Ludiel visivelmente irritado.
- Bom, eu detesto humanos, se pudesse mataria todos. Cruel rebate.
- Já ouvi demais! Quando Ludiel ia disparar é impedido por Gal.
- O que você quer demônio? Pergunta Gal.
- Calma Moldador, você não vai querer me matar. Diz Cruel ignorando a pergunta de Gal.
- Me de um motivo para não sumir com você, demônio.
- Que tal um desafio? Para você conseguir seu corpo Angelical de volta, você precisa de desafios à altura, não é? Cruel diz estas palavras com um sorriso cínico no rosto.
            Ao ouvir as palavras de Cruel, Ludiel se arrepia. De fato, ele precisava provar que era digno de seu corpo celeste, talvez aquele demônio venha a calhar. Não era certo o que estou fazendo, mas com o corpo angelical ele poderia deter Baal e Gaap. Pensou O Moldador.
- Diga o que sabe e seja breve. Ludiel diz quase sussurrando.
- O meu mestre está quase entre nós, falta pouco para ele se materializar e abrir a quinta porta do sul do inferno. Disse Cruel animado.
-Está dizendo que vocês planejam um ataque direto a terra? Ludiel pergunta já sabendo a resposta.
- Baal também está. Diz Gal lembrando Ludiel.
- Sim é verdade, mas Baal não é dessa realidade. [Leia Ludiel #1]
- Agora temos problemas com outras realidades e com a nossa. Completa Ludiel.
- Não se preocupe moldador, todos os seus problemas acabarão quando o quinto portão do inferno abrir. Há há há há
- O portão do inferno não irá abrir maldito. Diz Ludiel Cortando o demônio.
            Cruel desaparece diante dos olhos dos Anjos, os deixando sozinhos naquele beco escuro e vazio.
- Deveria ter dado um tiro nele... Diz Ludiel ao vento.
- Eu irei atrás dele, Gabriel procure Miguel, não estamos aqui atoa. Relembra Ludiel.
            Ao completar a frase ouviu-se passos ecoando do fundo do beco e um homem se aproximava, com o tempo os Anjos viram ser Anthony que chegava ofegante de tanto correr.
-... Vocês são rápidos...
- Para onde você pensa que vai? Pergunta o invocador percebendo que Ludiel começava a caminhar para fora do beco.
- Vou atrás do demônio. Completou Ludiel.
 Vocês deveriam me ouvir primeiro, afinal eu invoquei vocês. Diz o Padre orgulhoso de si mesmo.
- Eu sei! Magia mesmo com boas intenções ainda é magia, padre. Diz Ludiel com certo desconforto na voz.
            Gal olha diretamente para o moldador e depois fixa seu olhar em Anthony, como se estivesse ouvindo algum recado sobre os dois ali presentes, porém não se pronuncia.
- Preciso de informações sobre o que vocês descobriram. Diz Anthony
- Você tem problemas maiores do que isto padre, a legião alfa está vindo matar todos os que utilizam magia em nova babilônia. [Ler Ludiel #2]
-Bom... Um problema de cada vez. Diz Anthony
- Cruel disse que Gaap está abrindo um portal para o mundo dos homens. Diz Gal
- Não só ele, todos os demônios da parte sul do inferno virão com ele. Completa o Moldador.
            Ludiel sobre na prancha que antes estava utilizando e começa a flutuar enquanto diz:
- Não precisava me invocar bruxo, não faço as coisas por magia.
- Não sou um bruxo, sou um padre, não estudei no vaticano atoa. Diz Anthony.
- Magia cristã, ainda é magia. Diz Ludiel enquanto voa
            Ludiel utiliza um de seus dons dados pela Luz, ele conseguia rastrear qualquer tipo de demônios, sentia o cheiro de cruel e um rastro se fazia tão intenso quanto seguir um aroma ruim. O Moldador rapidamente chegou a um parque e dentro dele Cruel se encontrava sentado em uma mesa conversando com uma família.
- É melhor convidar ele para tomar um café. Diz Gal enquanto saca um cigarro de seu bolso e acende.
- Vou falar com ele. Disse Ludiel se aproximando da mesa.
- Crianças tenho que ir. Diz Cruel enquanto rapidamente levanta da mesa e tenta fugir.
- Não tão rápido! Diz Ludiel
- O que você quer moldador? Deixe-me aqui! Que tal me deixar entrar em um grupo de porcos e me jogar de um abismo? Diz Cruel com um sorriso cínico no rosto.
- Eu não sou o Salvador. Diz Ludiel fechando o rosto com a brincadeira do demônio.
- Mas as vezes age como um, não é? Deixe-me em paz, pare de agir como o nosso senhor. Diz Cruel.
- Ele não é o seu Senhor! Diz Ludiel irritado.
- Pensei que ele era o senhor de todos, não é? Pelo menos é o que aquele livro fala.
-Me mostre onde é o portão do inferno e talvez o deixe viver. Ludiel corta a conversa já se irritando com as provocações do demônio.
- Há há há , acho que você quer vir para o lado negro, não quer?
            Ludiel sente as palavras sujas de Cruel tentando entrar na sua mente, porém Ludiel era perito em caçar demônios e já sabia como funcionava seus poderes. Cansado deste joguinho o Moldador usa a entropia criadora para moldar a arma que utilizou para vencer Baldur, os perseguidores. [Ler Ludiel #2]
            Da pequena caixa nasce ao lado de cruel e dela saem diversos tentáculos de metal invisível que prende o demônio dando diversas voltas no corpo dele.
-Ah. Esse louco está me machucando! Grita Cruel tentando chamar a atenção.
- Precisamos sair daqui. Diz Gal olhando para os lados.
- Vamos para a Catedral de Merlin. Diz Ludiel.
            Os perseguidores levam Cruel para a imensa catedral onde fica a morada de Merlin, seguido pelo casal de anjos. Ao chegar na catedral os três seguem até uma sala que ficava nos fundos do templo e lá Ludiel diz:
- Sabe que as coisas estão complicadas para você não sabe Cruel? Diz Ludiel tentando intimidar o demônio.
- Ui que medo!
            Com um Gesto Ludiel faz aparecer uma garrafa estilizada em suas mãos ao faze-la surgir Ludiel inicia:
- Você deve estar tão confiante, pois sabe que se morrer volta para o inferno.
- Porém eu desenvolvi essa belezinha aqui.
- Ela prende a essência de qualquer demônio, caso eu te mate agora, você ficará preso nela para sempre. Diz Ludiel olhando para Cruel.
- Bom, vamos parar com a violência agora. Diz Gal.
- Não, adoro violência, amo anjos violentos. Diz Cruel.
- Bom, ser sensato com um demônio não vai funcionar não né? Diz Ludiel.
- Gal, por favor, utilize seu dom nele.
- Você não quer fugir não é Cruel? Ao pronunciar essas palavras, cruel se vê incapaz de resistir a Gal, era seu dom, o dom da palavra.
- Onde está o portal do inferno? Perguntou Gal.
- Está onde sempre esteve no inferno. Diz Cruel.
- Nós simplesmente estamos aprendendo a nos materializar, algo fez a barreira entre os mundos ficar mais fraca. Completa o demônio.
            Na hora Ludiel entendeu, o Anjo Negro enfraqueceu a barreira, ele queria destruição, agora por que ainda era um mistério para o Moldador.
- Foi o Novo Mihkael... Inicia Ludiel.
- Ele não faria isso. Diz Gal interrompendo o Moldador.
- Ele também nunca tomaria o trono de Miguel, não é? Diz Ludiel Sarcasticamente.
- Precisamos achar Miguel urgente, sem ele não vamos conseguir. Constata Ludiel.
- Para que achar Miguel? Ele é inútil, ele não sabe nada do inferno. Diz Cruel
- Há outra opção. Diz Ludiel.
- Tem sim, temos quem sabe do inferno aqui do nosso lado. Diz Gal apontando para Cruel.
- Você pode nos levar para o inferno? Diz Gal
- ahh vocês querem ir para o inferno, finalmente você admitiu Gabriel, eu te peguei várias vezes com prazeres da carne.
            Nesse momento Gal fica corada de vergonha, e Ludiel abaixa a cabeça em tom de reprovação. Saca sua pistola enquanto diz.
- Já ouvi demais. E atira em Cruel.
            Gal impediu o tiro de Ludiel que acerta o chão. E ela diz:
- Precisamos dele, sem ele não poderemos ir.
- Não precisamos, esqueceu o meu dom de romper dimensões? Diz Ludiel lembrando de seus poderes.
- Isso não vai servir de nada nos portões do inferno, se entrarmos não sairemos mais.
- O deixa ir Gal, ele é melhor que todos os demônios do inferno, deixa ele. Diz cruel em tom de deboche.
- DEMONIO IMUNDO, EU LUTEI A GUERRA ANTES DA CRIAÇÃO, ANTES DE SEU PAI, MEU IRMÃO O MOLDAR COM AS PROPRIAS MÃOS DELE! Gritava Ludiel totalmente descontrolado.
- Ele quer que você perca o controle Ludiel, você só está aumentando as forças de Gaap. Diz Gal
            Ludiel vendo que suas opções estavam restritas tocou nos chão e pronunciou as palavras.
-Máxima Etérea.        
            Uma enorme cadeira começou a se moldar do nada, ela tinha uma aparência tecnológica, porém era feita totalmente de prata, tinha um capacete que parecia ser acoplado na cabeça de quem sentasse.
-Sente-se cruel, é uma ordem! Diz Ludiel enquanto aponta a arma para Cruel.
- Está cadeira irá ler sua mente e logo saberemos o que precisamos.
            A cadeira começa a brilhar enquanto extrai do demônio todas as informações de seu cérebro, ao fim ela libera um pergaminho que se movimentava ao ser visto por algum ser. No pergaminho estavam pontos da cidade marcados.
- Aqui estão marcados todos os pontos onde os demônios estão atacando o mundo humano. Ludiel disse.
-Nosso amigo tinha essa informação.
- É perto da torre do mar. Gal aponta.
- Faz sentido Gaap é um demônio que controla as aguas demoníacas. Uma voz desconhecida.
           Um idoso se aproxima com uma longa barba branca, cabelos longos brancos, de óculos escuros, camisa havaiana, bermudas e sandálias, Tinha um cajado em suas mãos e uma coruja voava por cima de sua cabeça aonde quer que ele fosse.
- Quanto tempo Merlin. Diz o Moldador.
- O que fazem em minha casa jovens anjos. Pergunta Merlin.
- Estamos tentando deter uma invasão demoníaca aqui em nova babilônia.
- Porém estou preocupado com você amigo, o novo Mihkael mandou a Legião Alfa matar todos os seres mágicos de nova babilônia, deve se refugiar no mundo da magia. Diz Ludiel
- Não se preocupe comigo, nada deve acontecer a mim, se preocupe com a cidade, em uma guerra os inocentes é que sofrem. Diz Merlin enquanto mexia em sua barba.
- Bom, um problema de cada vez, devo deter esses demônios primeiro. Ludiel disse.
- Você vai entrar em confronto com Gaap? Esperamos que ele ainda não tenha saído.  Disse Gal.
- Prefiro que ele tenha saído, pois se ele não tiver saído lutar com ele sem um corpo físico vai ser complicado.
- Os necromantes costumam invocar Gaap, podíamos procurar um deles. Gal sugeriu.
- Gabriel o que houve com você? Sempre sugerindo se unir as trevas para combater o mal? Caindo a vícios humanos, acha que eu não ouvi o que aquele inútil disse? Diz Ludiel enfático.
-Acho que essa aliança não foi uma boa ideia... Deixa que resolvo sozinho. Disse Ludiel enquanto se dirigia a saída da catedral.
            Ao sair da catedral, o anjo percebe que começou a chover e o ambiente estava muito fria, uma chuva tórrida começa a molhar o chão e toda rua, Ludiel supôs que estava chovendo na cidade toda. Isto não era bom, Gaap é um demônio que controla as águas, uma chuva aumentaria seus poderes.
            Ludiel molda novamente a plataforma angelical e parte para torre do mar, um enorme farol que se encontrava na costa de nova babilônia, ao chegar o Moldador não consegue reparar nada fora do comum. Ludiel utiliza seus dons e sente o cheiro de muitos demônios, o anjo moldador se dirige flutuando até um beco e lá estavam oito servos de Gaap. O Anjo atira com suas pistolas angelicais, porém erra acertando um dos muros do apertado beco no qual os demônios se concentravam.
- Olha é um Moldador! Corram! Um dos demônios exclama.
            Todos começaram a correr enquanto Ludiel os perseguia voando, porém subitamente seu peito começa novamente a incandescer e um buraco começa a se formar.
- Droga Anthony. Sussurra o Anjo Moldador enquanto é novamente transportado.
            Ao abrir os olhos estava em uma rua silenciosa e Anthony se encontrava em pé a sua frente.
- Anthony estava no meio de uma caçada, Gaap quase está se libertando e você me invoca? Ludiel fala descrente no que acabará de acontecer.
- O invoquei a pedido de Gal, ela disse que você está um tanto quanto apressado. Diz calmamente o invocador.
- Ouvi de um demônio que Gabriel queria ir ao inferno copular com demônios. Diz Ludiel
- Bem típico dela... Shalom!  Diz o invocador libertando Ludiel do encantamento.
            As palavras de Anthony queimavam o peito de Ludiel, pelo visto Gabriel estava totalmente corrompida pelas trevas e não havia nada que o anjo moldador pudesse fazer para salva-la.
- Se me der licença tenho um demônio para caçar.
- Não! Tenho um serviço para você, provavelmente te levará diretamente a Gaap. Diz o invocador persuasivo.
- Mandei Gabriel na frente. Diz o Invocador.
- Deixe com ela então e me passe outra coisa. Rebate o Anjo.
- Não, essa missão vai ser muito para ela. Insiste o invocador.
- Ela é um dos maiores anjos da Cidade de prata. Continua Ludiel.
- Vocês em corpos materiais não são lá grande coisa. Diz o Invocador
- Eu nasci em corpo material. Diz Ludiel
- Entendi porque é tão instável. Diz o invocador.
- Enfim é um demônio bem poderoso e Gal pediu para invoca-lo para ajudá-la. Diz o Anthony.
- Ela acha que eu sou o que? A droga do namorado dela? Sou um caçador! Diz Ludiel visivelmente alterado.
-Então casse esse demônio ora, ele é bem pior que o Cruel, esse sim vale a pena.
- Ele se encontra no centro da cidade, e já adianto que vai ser difícil.
- Está incorporado em uma menina de catorze anos, ela aprendeu o Goetia na internet.
- Odeio a internet. Diz Ludiel
- Não será problema, até mais mortal. Virando as coisas e saindo.
- Não é invoque mais. Fala Ludiel já um tanto distante de Anthony.
            Ao  chegar no centro da cidade, Ludiel sente o cheiro de Gal dentro de um pequeno prédio. Será que o Anjo Negro está certo? Será que Gal realmente decaiu? Pensava Ludiel , porém o anjo ouve um assobio vindo de trás dele.
- Onde está indo moldador? Era Cruel.
- Ela está aqui, eu tentei convence-la a não ir, mas ela quis, já deve estar morta. Continua o demônio inconveniente.
            Ludiel ignorou o demônio, já tinha aprendido que o poder de Cruel vinha da atenção que o anjo estava dando as suas palavras, ao adentrar no prédio, Ludiel para em frente a uma porta o quarto 202. Uma enorme Luz saia de dentro do quarto, Ludiel podia ver saindo por entre as frestas.
            O Anjo abre a porta e dentro do pequeno quarto totalmente destruído havia uma menina com o pescoço virado 180 graus, ao ver Ludiel a pequena menina vira todo seu corpo e da um grito. Ludiel molda duas pistolas especiais para esse tipo de combate, as armas celestes acertam somente o demônio dentro da pessoa, deixando o hospedeiro vivo. 
            Ludiel dispara suas pistolas acertando três tiros no peito da criatura que voa para parede e cola na mesma. A menina emite um sonoro berro.
- É parece que não vai adiantar muito. Diz Cruel.
            A estranha menina pula para cima de Ludiel e desfere diversos socos, porém o Anjo Moldador é treinado em dezessete estilos marciais celestes, o anjo defende todos os ataques da criatura. Ao termino do último golpe, Ludiel empurra com uma das mãos a menina afastando-a.
            Ludiel atira novamente com suas armas fazendo a menina voar pela janela, porém cruel neste mesmo instante teletransporte-se e segura a menina em pleno ar, a puxando novamente para dentro do pequeno quarto.
            Ludiel aproveita a oportunidade para atirar novamente, porém a menina gira os seus braços defendendo todos os tiros em pleno ar, começa a se aproximar do anjo moldador e da um golpe, que é facilmente evitado pelo Anjo caçador.
-Hunf, realmente com este corpo não posso fazer muita coisa. Uma voz gutural sai de dentro da menina.
- Então saia e me enfrente! Diz Ludiel em tom de desafio.
- Porque faria isso? Se eu sair essa quadra inteira vai pelos ares. Diz o estranho demônio de dentro da menina.
            Ao dizer essas palavras a menina começa a gritar com sua voz normal e cai no chão, só se via de pé cruel com a mão apontada para menina, aparentemente havia exorcizado o demônio da menina.
- Quando disse que Gal gostava de copular com demônios... Nunca pensei que seria com você cruel...
Continua em Ludiel O Anjo Moldador #4



MH COMICS: Ludiel O Anjo Moldador #3
Escritores:
Sergio Guilherme
Produção:
Luiz Mendes, Sergio Guilherme
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MH COMICS: O Jogo - Mundo Infinitesimal: A Lenda do Pássaro Dourado #3



Então os dois jovens amarraram as cordas do balão firmemente nos pontos de ancoragem, levaram um bom tempo acertando o cilindro e outras partes pequenas do dispositivo responsável pela queima do material.
- Cuidado, essa dose tem que ser certa, se não vamos para os ares. Disse E.W quando Alex colocava pólvora no dispositivo. - Além de fogo, ela também faz parte das nossas armas de defesas...
-Armas de defesas... Então há mais do que só espadas arcaicas. Disse Alex que sabia que uma boa quantidade daquele material negro poderia explodir qualquer coisa, até rochas.
-Sim, por isso, suas roupas não são as mais apropriadas, podemos encontrar muitos perigos no caminho, como as perigosas Vespas Negras, que podem atravessar sua roupa com muita facilidade, e então acho que agora entende porque curtimos pele de outros Insetos para que possamos gerar nossa própria proteção. Disse E.W
- Sim, está claro... Tudo faz mais sentindo agora. Falou Alex pensativo de onde ele encontraria roupas como aquelas. Lá não parecia um lugar onde existisse shopping centers.

O carro saiu do chão como um estampido as cordas tracionaram fazem um som seco no ar, o tempo está bom, mas dependendo da altura ele varia muito, é muito diferente do mundo de Alex. As coisas mudam muito rápidas aqui até a velocidade do Ar.
- Estamos voando... Estou com pouco de faltar de ar... Creio. Disse Alex maravilhado e passando mal com o ar rarefeito.
- você acostuma... Responda-me uma coisa? Disse E.W enquanto ambos viam a maravilhosa vista de um desfiladeiro cada vez mais crescente. O carro navegava pelo ar perto de um dos pilares de madeira, que agora serviam como guia.
- Então disse que é da Terra, o que me chamou atenção é que disse que tem outro como você por essas bandas. Se isso for verdade eu serei propenso a acreditar realmente em suas palavras. Um já é estranho, agora dois? E realmente eu sei que só há pessoas perdidas assim em Bit Tower, quer dizer não acostumadas as Fronteiras. Disse E.W agora muito mais serio.
- Sim, eu vim da Terra... E vou voltar para lá com a sua ajuda. E esse som reverberou pelo Ar que agora estava quente e carregado.
-... Eu sei algumas coisas sobre a Terra, sei o que meu tio me contou sobre ela. Interrompeu E.W
- Tio? Indagou Alex.
- Sim, como eu disse não há como sobreviver sozinho nas Fronteiras, e estou trabalhando com meu tio que está ao sul daqui, estava indo ao encontro dele até te achar caído...
- Prossiga, por favor, como posso sair daqui...
- Os antigos dizem que existe um jeito, enfrentando uma criatura forte e valente ao extremo sul do sul daqui, essa criatura tem penas e voa melhor que os Louva-Deuses, plana melhor que a Borboleta Anciã. Tem que subir a onde a montanhas de mármore são cortadas, ate o mais extremo das montanhas e depois, combater a criatura, com seu Bico dourado... Disse E.W empolgando-se.
- Mas não passa de lenda não é? Disse Alex já percebendo a empolgação exorbitante.
- Exatamente, só lenda... Historia de Trilheiros... Falou E.W como se os Trilheiros acumulassem séculos de Historias Fantásticas.
- Tube bem, farei de tudo para ir para casa mais saiba que pretendo ser grato por tudo que você esta fazendo por mim, então ficarei aqui e tratarei de ajudar... Talvez Bit Tower precise de minha ajuda, algum dia. Disse Alex.
- Tudo que precisa fazer é sobreviver... Bit tower é uma grande cidades com arranha céus. Sabe se defender. Ela não costuma tratar bem seus heróis, não ira gostar de ser herói daquele lugar... As pessoas só pensam nelas mesmas por lá. Disse E.W tristemente convicto.
- Todos tem um objetivo e todos precisam de esperança e ter um herói... Algum dia serei o herói desses lugares. Vou encontrar meu amigo S.G com certeza seremos prestativos.

O Ar estava agora frio e suave enquanto subiam já não se podia ver o chão, tudo ficou para trás e agora era para valer, a espreita da nave uma teia confusa emaranhada possuía oito olhos vivos, na base do platô do pilar usado com guia pelo jovem Trilheiro. A conversa distraíram os dois, mas estavam muito longe para um possível bote da Aranha. O cilindro estava quente e o calor fumegava balão adentro.
- Essa Teia é incrível jamais pensei ver isso tão de perto como agora... Disse agora com um suspiro e surpresa. Falou da teia que esta a alguns metros de distancia da nave.
- Sim, parece inabitada. Disse E.W, pôs não se podia ver nada além de fios pendurados de um ponto a outro.
- Talvez, este lugar realmente seja um incrível mundo. Pronunciou Alex que já não podia esperar o que estava por vim. Queria tomar aquela aventura para si, e talvez dormir já fosse difícil ao sonhar aqueles cenários fantásticos.
Porém aquele momento, não era hora da comoção. O Ar retornava ficar pesado e a luz se esvaia devagar, podia se sentir o carro bailar subindo deslizando pela atmosfera densa acumulando gotas de água no topo entre o plástico grosso e as plantas que serviam de adorno útil. Estranhamente naquela hora Alex fitou de repente o rosto do menino E.W, estava apavorado, em um instante o pavor tomou conta da sua face como quem visse algo realmente assustador na costa de Alex. O jovem Latini então logo entendeu, com pouco espaço entre as caixas tratou de virar-se bem devagar.

Um lugar morno com solo espesso coberto de uma poeira bem fina como o mais branco talco. Ao longe podia se ver uma parede maleável como feita de um tecido de renda fino sobre este mesmo terreno, tinha-se a impressão de que podia alçar voo a qualquer momento ao impacto do vento. E de muito, muito, longe ao sul encontra-se a robusta pedra que era como pilar que sustentava o céu, mas dessa altura, o mesmo nível de solo do Platô Central, podia se ver o meio do grande pilar como uma grande espinha dorsal, e presenciar exatamente seu ponto médio e ao subir com os olhos encontrava-se uma imensa caixa preta como ébano e aparência rustica constituída de ponteiras enormes que davam voltas indicando números de aparência titânica, o Relógio da Vida.
Olhava como se não pudesse acreditar o jovem S.G Carvalho, esfregava seus olhos então com força deixando a face ruborizada. Não sabia onde estava e não se lembrava de nada muito distante no tempo, exceto minutos atrás. Estava na casa do seu amigo Alex Latini, entrando vagarosamente, estava acostumado com aquele ambiente, porém naquele dia assim o procedeu. Abriu a porta do quarto onde se encontrava o computador com a tela roxeada com a mórbida mensagem, havia lhe chamado à atenção e como no passe de mágica, estava a contemplar esse cenário imenso do Platô Central.
- Onde estou? Alex!...Alex! Gritou com esperança, mas seu grito reverberou ecoando por todos os lados logo sendo abafado pela imensidão.
Não estava machucado, o solo fofo teria amortecido sua queda, que parecia que tinha sido de um lugar alto. A única certeza e que está perdido e queria ajuda, o ar morno entrava em seus pulmões e o sufocava.
- Tenho que sair daqui, irei correr em busca de ajuda. Pensou em um ato um tanto desesperado.
Correu por entre aquela extensão, levantando poeira onde passava, sem norte, por algumas horas o fez e já estava cansado, colocou as mãos sobre seus próprios joelhos como quem desiste.
- Não pode ser não há ninguém aqui? Olhou para os lados desesperado.
Mas existia uma chama ao longe, que transmitia som de folhas secas ao queimar. Havia ali três homens que vestiam roupas rusticas feitas de coros e peles, dava para notar que portavam armas igualmente rusticas feitas de presas, tudo normal se comparado à imensa Formiga Vermelha que esta atrás dos homens, caída e morta, devia ter aproximadamente quatro metros de altura pelos padrões que S.G conhecia. Olhando tudo aquilo um medo se abateu em seus ombros.


MH Comics: O Jogo - Mundo Infinitesimal: A Lenda do Pássaro Dourado #3
Escritores:
Luiz Mendes
Produção:
Luiz Mendes
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MH COMICS: O Jogo - Mundo Infinitesimal: A Jornada continua! #2




Tudo se fez breu essa escuridão agora toca todo o vasto mundo de Infinitesimal, grande dentro de si mesmo. Colunas que tocavam o céu, tão brancas quanto marfins podiam ser vistas quando se subia o suficiente no céu, elas sustentavam o firmamento austero em que nenhum homem daquele lugar jamais esteve. Apesar de sua imensidão era tudo claustrofobia, não era sem vida, pelo contrario as mais variadas formas de vidas eram encontrada em todas as frestas e em cada sombras pairava o medo e a eterna sensação de ser vigiados por criaturas imensas que fazia o homem pensar ser apenas mais um inseto nas garras de um felino. Também havia criaturas menores que só se podem ser descobertas sendo igualmente menores. O mundo Infinitesimal proporcionava descobertas incríveis e maravilhosas sensações. Não havia um sol, mais havia a sensação da manha quando tudo se fez mais claro.
E Alex havia despertado, antes de E.W, deixou o jovem dormir com seu saco de dormir constituídos de matérias de aparência rustica, porém fofa como feno, e entre as caixas de especiarias em seu carro esquisito. Tudo que tinha ouvido algumas horas anteriores tinha deixado as coisas muito confusas mais no meio dessa erupção de informação tinha espaço para combinar algumas ideias a cerca daquele estranho local.
Então ele mesmo obteve a iniciativa e pegou uma espada feita de garras de algum inseto que aparentava ser bem afiada, pontuda e arcaica, sabia se movimentar bem utilizando essas armas, enquanto treinava lembrou-se de sua casa e a saudade bateu depressa, como um raio de pensamentos sentimentais, lembrou-se de sua mãe e seus irmãos como o mais novo que tinha desaparecido alguns minutos antes de revela para ele o seu novo projeto. Pegou-se nessa corrente de lembranças olhando distraidamente para a espada firmemente empunhada em suas mãos. Longe dessas lembranças mais sentimentais havia espaço para umas importantes ao momento como a do seu Amigo S.G Carvalho que iria ser um dos Betas testes do jogo naquele dia.
- Será que ele está aqui, para mim está claro que essas coisas estão conectadas... Disse consigo mesmo pensativo enquanto aplicava mais golpes no ar.
-Ei, que pensa que está fazendo? Com um grito e um pulo E.W desperta.
-Nada! Quer dizer só achei melhor treinar um pouco de manha... Quer dizer eu realmente estou empenhado em sair daqui, eu juntei as peças do quebra-cabeça em minha mente, esse mundo é perigoso e você porta armas em sua carroça...
- Sim, é perigoso, somos diariamente caçados por insetos gigantes, entre outras coisas... Enquanto contava a história você apagou na noite anterior. Falou E.W com pouco de Raiva mais entendia então que o garoto estranho devia estar muito cansado, mesmo assim retomou a história no último ponto com habilidade de um contador de contos.
- continuando... Sobre os perigos, a cidade de Bit Tower foi feita para esses propósitos em Infinitesimal a menor das coisas somos nós homens e mulheres, então há perigos a onde quer que se vá. Há tantos perigos que todos podem ser encontrados catalogados no livro dos Trilheiros, qualquer um sabe das criaturas que podemos esbarrar diariamente. Aranhas negras, Formigas bestiais, Vermes infernais, mas nada é pior que Raiker o lagarto devorador de humanos.
- entendi, sendo desse tamanho é fácil ter medo dessas criaturas, então por isso essas armas. Olhou Alex mesmo pensando que aquela pequena parte de insetos não seria páreo, naquele tamanho para enfrentar um imenso lagarto que devia ter um tamanho de um dragão.
-Chegamos... Montanhas Geométricas. Interrompendo disse E.W.

As Montanhas Geométricas eram como quatro pilares muito altos feitos inteiramente de madeira que sustentava um platô maior em sua ponta, as paredes pareciam ásperas e o vento arredio teimava em soprar forte em suas laterais, que de vez enquanto soltava lascas de madeiras leves, porém perigosas que voavam ao sabor do vento. Bem próximo dali, olhando a frente, existia terras escuras como breu que não se sabe o que se podia encontrar e a cima um platô muito largo sustentado por um pilar no centro parrudo e forte como uma arvore de salgueiro. Não havia jeitos possíveis de se chegar aos Platores, somente com asas.
- Incrível... Não são bens montanhas, a imensidão desse lugar faz tudo parecerem montanhas... Disse Alex surpreso e enganado.
- Sim, não são... Aqui todos tem a necessidade de alçar voo uma vez na vida. E.W disse aquilo com convicção como se pudesse voar quando ele bem entendesse.
- como você faria isso? Quer dizer, esse carro não parece poder fazer isso. Disse Alex mais curioso ainda.
- Sim, eu posso temos nossos métodos, nos Trilheiros podemos ser bastante engenhosos! Nesse momento E.W saiu do seu carro ajudando Alex a fazer o mesmo, tirou então com convicção uma caixa de madeira que abriu como a um baú antigo, lá tinha uma borracha grande com algumas folhas de vegetais.
- Só inflar isso aqui e amarrar nos pontos de ancoragens do meu carro, e deixar o vento fazer o resto. Fez gestos que pareciam ser fácil com as mãos.
- Impossível inflar essa coisa com nossos fôlegos é gigante, parece um balão de festa mais gigante... E também nosso sopro é bem mais pesado que o Ar, nunca subiria... Disse Alex convencido.
- Nossos segredos não param por ai... Sorri E.W
Então o garoto pega em umas sacolas pretas, contendo um pó muito fino e meio brilhante, era uma mistura química de fosforo com pólvora, queimava tanto quando Pólvora Negra e assim que eles o chamavam. Junto com isso tinha um cilindro que era um das raras coisas de metais que existia até aquele momento.
-Nesse cilindro existe Metano e essa Pólvora Negra ajudara na queima, produziremos Ar Quente que é mais leve que o Ar. Disse E.W

-Estou surpreso com tudo isso... Então o que estamos esperando? Principalmente na captura de Metano, porém essa parte só vagou nos pensamentos de Alex.



MH COMICS: O Jogo - Mundo Infinitesimal: A Jornada continua! #2
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MH COMICS: Impressionantes Inclusivos: Origens - Ômega Rubi



Certo... Vou contar um pouco sobre a minha história... Primeiro de tudo, sou deficiente visual, esses óculos não são simplesmente para lançar algum estilo de moda novo. Mas, não se engane, posso ser mais durona e difícil de derrubar, do que você possa imaginar.

Talvez, devido aos excessos de minha mãe, na bebida e no cigarro, possa ter ocasionado uma má formação durante a gestação, que me fez nascer sem os olhos. Ela nunca pareceu aceitar essa minha condição muito bem. Já o meu pai, me trata como uma verdadeira princesa, realmente me fazendo sentir como a pessoa mais importante e especial da vida dele. E para mim, é isso o que realmente importa.
Tudo aquilo que me falta, por parte da minha mãe, eu encontro nele e muito mais, seria capaz de dar a minha vida por ele e sei que ele também faria o mesmo por mim. É interessante pensar que, ao contrário das expectativas de minha mãe, que sempre me dizia que eu jamais conseguiria ser alguém na vida, ou que eu não seria capaz de superar a minha necessidade especial, o meu pai não enxergava defeitos em mim e sempre me tratou como uma menina normal, buscando sempre me ajudar em tudo, desde professores particulares a aparelhos eletrônicos que pudessem facilitar a minha vida e também, sempre gostou de fazer as minhas vontades.
Eu ouvi no rádio sobre pular de paraquedas e gostaria de tentar, lá estava ele junto comigo, me apoiando e pulando de paraquedas junto comigo, andar de lancha? Sem problemas. Mesmo não enxergando, as sensações que eu vivenciava, sempre eram muito boas, mas, mais especial do que isso, era eu saber que tinha alguém com quem eu realmente podia contar e que não iria me julgar ou menosprezar.
Tudo mudou, quando eu tinha quatorze anos, em mais uma das noites que minha mãe estava fora, provavelmente bebendo e gastando o dinheiro do meu pai, em casacos de pele e cigarros caros... Dois bandidos entraram em nossa casa, eu ouvi um barulho estranho e tentei procurar o meu pai, que estava caído no pé da escada, desacordado e sua cabeça parecia estar molhada, depois eu viria à saber que ele tinha sido golpeado e estava sangrando... Eu comecei a ficar assustada e entrar em desespero.
Quando os bandidos vindo do quarto me encontraram e disseram:
- Não se preocupe, ruivinha. Seu pai ainda está vivo, já pegamos o que queríamos. Disse o primeiro bandido, de forma sarcástica e começou a rir.
- Uma casa tão bacana, como essa. Vocês deveriam colocar equipamentos de segurança melhores do que esses. Foi tão fácil invadir e acabar com esse velhote. Disse o segundo bandido, de forma irônica, como se a vida do meu pai não significasse nada para ele.
Nesse momento, eu me senti tomada por um ódio descontrolado, um sentimento tão intenso, que não consigo descrevê-lo e espero não sentir novamente.
- O que vocês fizeram com ele? Eu disse, com a voz sufocada de ódio, enquanto lágrimas escorriam em meu rosto.
- Não se preocupe garotinha, ele ainda não morreu. Como eu disse, já estamos de saída. Disse o primeiro bandido, a voz dele parecia trêmula, por um segundo, eu tive a impressão de que ele havia se assustado com alguma coisa.
- Pensando bem, acho que vamos levá-la também... Uma casa dessas... Com certeza, vocês devem ter muito mais dinheiro. Vai valer a pena o valor que vamos exigir pelo seu resgate. Disse o segundo bandido, que parecia um pouco distraído, deu dois passos em minha direção e rapidamente parou.

Nesse momento, eu comecei a sentir, como se estivesse fora de mim, minha percepção sensorial mudou e eu conseguia perceber com clareza onde eles estavam... Eu conseguia sentir o ambiente a minha volta, era como se eu estivesse enxergando, mas através do meu corpo.
Eu sentia uma energia intensa em minhas mãos, que parecia se moldar a minha vontade, nesse momento, os bandidos começaram a entrar em desespero e largaram tudo, tentando fugir, mas, meu ódio falava mais alto, eu dei um beijo na testa do meu pai, que estava morna, sequei minhas lágrimas, me levantei e virei em direção aos bandidos que corriam.
- Vocês não vão à lugar nenhum! Se quiserem algum resgate, então deverá ser o de vocês mesmos! Não depois do que fizeram com o meu pai... Vocês vão pagar muito caro por isso! Ao dizer isso, a energia de minhas mãos se moldou em duas mãos grandes, que se estenderam na direção deles e os agarrou pelo pescoço, sufocando-os. Calmamente, eu ando na direção deles, ainda queimando de ódio por dentro. Dessa vez, não precisei da ajuda de minha bengala para andar, pois percebia com clareza o ambiente à minha volta.
- O que é você? Isso não parece normal... Disse o primeiro bandido, que se debatia e chorava, em total desespero.
- Você é alguma espécie de monstro? Disse o segundo bandido, a ponto de desmaiar de medo.
- Eu sou seu pior pesadelo! Deveriam ter passado direto, quando viram a minha casa. Tomada pelo ódio, eu quebrei um braço deles, com mais um par de mãos energéticas que criei, fazendo com que gritassem de dor. Utilizei a energia dos meus poderes para abafar o som. E quebrei o outro braço deles, como se fossem palitos de dente.
- Vocês nunca mais vão usar esses braços para fazer mal à outra pessoa. E lembrem-se: Se por acaso pensarem em invadir outra casa novamente, espero que se lembrem do dia de hoje e pensem bem, se realmente vale a pena. Eu disse, com a voz seca e em um tom extremamente intimidador e os soltei no chão. Eles se levantaram desastradamente, rolando e tropeçando nas próprias pernas, recuperando o fôlego.
- Corram! Antes que eu faça uma besteira e decida acabar com o sofrimento de vocês aqui mesmo. Eu disse, mas comecei a sentir uma forte dor de cabeça. Eles correram e sumiram. Eu sinto minha raiva começar a passar e meus sentidos sensoriais, começam a voltar ao normal e já não percebo mais o ambiente à minha volta. Sem a minha bengala, sigo engatinhando em direção onde está o corpo do meu pai.
- Por favor, não me deixe. Não sei como vai ser a minha vida sem você. Comecei a chorar desesperadamente. Debruçada sobre o meu pai. Ao fundo, ouço sons de sirenes. Carros estacionando rapidamente, passos rápidos. Ouço uma voz feminina, que parecia preocupada.
- Sou a oficial Mauritz, tem alguém aí? Alguém precisa de ajuda? Disse ela, que parecia entrar pela porta da frente, com passos lentos, como se estivesse sendo cautelosa.
- Aqui! O meu pai está ferido, por favor, nos ajude. Não o deixe morrer! Eu gritei em meio ao choro, com toda a força de meus pulmões. A dor de cabeça piorou e eu sinto perder as forças e acabo desmaiando.
Permaneço desacordada por doze horas. Quando acordo, me encontro em uma cama desconfortável e um ambiente frio. Um cheiro forte de éter e álcool. Sinto uma leve dor de cabeça, que passa em alguns minutos. Com a garganta seca, sinto uma ardência em meu braço esquerdo e passo minha mão direita em meu braço esquerdo para sentir se há algo de errado. Sinto algo espetado em meu braço, que parece estar colado, instintivamente, eu puxo, arrancando e sentindo um pouco de dor da fita adesiva que estava colada em minha pele.
- Calma minha jovem, não se assuste. Sou a enfermeira Agnetha. Você está no Hospital Municipal de Ulvaeus – Suécia.
Eu acompanhei o resgate do seu pai, ele está preocupado com você, mas no momento, está realizando alguns exames para termos certeza de que vai ficar tudo bem. Ele me fez prometer que eu iria acompanhar você de perto. Realmente, ele estava certo. Você é uma garota durona. Ela parecia tranquila e um pouco surpresa.
- O meu pai? Como ele está? Eu preciso falar com ele! Preciso ir até ele! Onde está a minha bengala? Tento me levantar rapidamente, como que em um impulso, sinto a dor de cabeça novamente, talvez, devido à rapidez de meus movimentos e sinto a enfermeira Agnetha se aproximando e colocando as mãos em meus ombros.
- Não se preocupe. Ele está fora de perigo. Isso. Deite-se. Devagar. Você quer um copo d’água? Vou fazer um curativo em seu braço.
Ela dizia tudo com uma voz tão tranquila e confiável, fez o curativo em meu braço e me trouxe um copo d’água, me ajudando a ficar sentada por alguns minutos, depois, eu me deitei novamente, ainda sentia um pouco de dor no corpo, talvez, por ter ficado muito tempo na mesma posição.
- Tem uma pessoa que eu acredito que queira te ver. Vou chamá-la. Se precisar de alguma coisa, é só apertar esse interruptor. Ela me estendeu um fio, com um interruptor na ponta, colocando na minha mão direita, para eu segurar e saiu apressada.
Alguns minutos se passam e eu tento encontrar uma posição confortável para ficar deitada.
- Voltei. Se comportou bem enquanto eu estive fora? Eu trouxe uma pessoa. Ela disse em um tom alegre e animado.
- Graças a Deus, seu pai está fora de perigo. Os médicos disseram que estão realizando exames preventivos agora. Espero que a empresa cubra essas despesas médicas, afinal, os meus cartões de crédito não vão se pagar sozinhos... Eu não pude nem entrar em casa, a polícia não deixou. Disseram que estavam investigando, buscando provas... Reconheço a voz de minha mãe, mas antes mesmo que ela abrisse a boca, o cheiro de álcool e cigarro já havia impregnado o ar, fazendo com que eu já soubesse quem estava chegando. Nesse momento, minha mãe pega a bolsa, abre e parece pegar um cigarro e um isqueiro, tenta desajeitadamente acender, no entanto, a enfermeira parece tomar da mão dela e a repreende.
- Lamento, senhora, mas é proibido fumar nesse ambiente. Estamos em um hospital. Eu vou deixar essas coisas no armário e quando sua família receber alta, a senhora pode pegar de volta. Disse a enfermeira Agnetha, em um tom decepcionado. Vou deixá-las a sós por alguns minutos. E assim, a enfermeira saiu, fechando cuidadosamente a porta do quarto.
- Besteira... Isso é um absurdo! Não há nada de errado em fumar... Leis? Quem precisa delas, quando nos proíbem de poder fazer alguma coisa... Quero poder voltar logo para casa, estou tão preocupada, tem algumas joias e casacos de pele que ainda não usei... Tomara que aqueles investigadores incompetentes não roubem nada... Disse a minha mãe, com um tom absurdamente irônico e arrogante.
- Você é ridícula! Está aí, fedendo e provavelmente, de ressaca, como sempre. Mais preocupada com seus casacos de pele idiotas e bens materiais inúteis, do que com o que aconteceu comigo e com o papai. Eu disse, tentando me controlar para não gritar.
- Ora, mas é claro que eu me preocupo com o seu pai, queridinha. Afinal de contas, não posso ser uma mulher pobre... Imagina o que as pessoas iriam pensar de mim? Ai! Sinto rugas se formando, só de pensar. Disse a minha mãe, em seu tradicional tom irônico e arrogante.
- Entendo. Como sempre, o tamanho do seu ego, consegue se superar. Eu estou bem, não precisa se preocupar. Aliás, se quiser, pode sair. Por que esse cheiro está me deixando com dor de cabeça. Eu disse, estressada já e não queria perder a paciência dentro do hospital.
Minha mãe saiu e eu fiquei sozinha no quarto. A rotina do hospital se seguiu, com alimentação e medicamentos, em horários específicos. Na manhã seguinte, meu pai e eu recebemos alta juntos. Minha mãe já não estava mais no hospital. A polícia conversou com o meu pai e disse que ainda estavam investigando, mas, sem sucesso até o momento. Meu pai contratou seguranças particulares e planejou uma reforma na casa. Passaram-se três semanas, com exceção dos seguranças, que se revezavam do lado de fora da casa, não mudou muita coisa na rotina, meu pai tirou uns dias para ficar em casa e se recuperar, mas rapidamente, voltou à rotina de trabalho, na fabricante de carros e caminhões, onde ele era sócio e vice-presidente. Minha mãe continuou saindo e fazendo suas festas e seus vícios. Até, que um dia ela chegou mais cedo e parecia bastante alterada.
- Eu não acredito que preciso passar por essa humilhação. Quando eu me casei com você, foi para ser uma mulher rica. Que história é essa de que você não pagou as faturas dos meus cartões? Ela parecia estar bêbada.
- Fique calma, meu amor. Infelizmente, estamos realizando alguns cortes de gastos na empresa e dadas às circunstâncias do assalto, as despesas médicas, a contratação dos seguranças e a reforma na casa, você vai precisar gastar menos, por uns tempos. Meu pai se levantou da mesa de jantar e foi até o hall de entrada da casa, eu parei de comer. Perdi a fome.
- Gastar menos? Eu vou fingir que não ouvi isso! Eu sou a senhora Heather, esposa do senhor Heather, vice-presidente das Indústrias Larson, a maior fabricante de carros e caminhões que a Suécia já viu. Não venha me dizer quanto eu posso gastar. Não foi para isso que eu me casei com você. Quer saber de uma coisa? Eu já estou cansada disso tudo, acho bom você se virar e dar o seu jeito. Minha mãe começou a gritar com o meu pai e eu comecei a ficar nervosa e irritada e comecei sentir a minha percepção sensorial se manifestar novamente, me levantei irritada e fui até o hall de entrada da casa.
- Você abaixe o seu tom de voz para falar comigo, sua... Sua... Bêbada! Viciada! Olha para você, olha para o seu estado! Eu estou cansado disso tudo. Você não é mais aquela mulher com quem eu me casei. Você está em um estado deprimente... Acabada... Meu pai falava, em um tom trêmulo, nervoso.
- Como ousa falar assim de mim? Disse minha mãe, completamente alterada. Acertando um tapa na cara do meu pai. Que ficou sem reação. Quando eu percebi o que a minha mãe tinha feito, eu corri e me atirei em cima dela, empurrando e derrubando no chão.
- Você nunca mais encoste um dedo no meu pai novamente, sua monstra. Eu falei com a voz engasgada, tentando segurar o choro. Minha mãe subiu as escadas correndo, chorando escandalosamente.
Eu me ajoelhei na frente do meu pai e implorei.
- Por favor, papai, eu não aguento mais essa vida, não consigo mais viver com essa mulher que só sabe nos destratar. Olhe para você, olha o que ela fez. Vamos sair dessa casa, pelo amor de Deus! Eu não aguento mais todo esse sofrimento... Eu disse, chorando, implorando. Ele se ajoelhou me abraçou e me ajudou a ficar de pé. Secou as minhas lágrimas e subiu comigo até o meu quarto.
- Você tem razão, meu amor. Eu não quero vê-la sofrendo mais. Para ser sincero, eu já queria ter pedido a separação há bastante tempo, mas tentei manter o casamento, pensando que seria o melhor para você. Mas, vejo que estava enganado. Peço que me perdoe por isso. Vou ligar para o meu advogado, amanhã de manhã e pedir os documentos para a separação. Agora, é melhor você dormir, não se preocupe, as coisas vão melhorar. Ele beijou a minha testa, me cobriu na cama e saiu do quarto.
Apesar de preocupada, comecei a sentir um pouco de dor de cabeça, tentei relaxar um pouco, até que adormeço. Na manhã seguinte, meu pai avisou a minha mãe que iria pedir a separação. Ela tentou fazer chantagem emocional, porém, sem sucesso. Saiu e não voltou mais. O dia seguiu normalmente, com minhas aulas particulares e meus afazeres cotidianos. À noite, meu pai disse que iria vender a parte dele na empresa e queria saber o que eu acharia de iniciarmos uma nova vida em outro país. Eu fiquei empolgada e concordei imediatamente, colocou a casa à venda e iniciou o processo de separação. Um mês se passou e foi feito um acordo de separação extrajudicial. Nunca mais tivemos notícias de minha mãe. O processo de venda da sociedade dele na empresa também foi rápido e começou a planejar a nossa viagem.
Me disse que tinha conseguido comprar uma boa casa em uma cidade chamada Lazy Town, nos EUA. E estava dando entrada nos passaportes e descobriu que em Lazy Town, havia uma escola especializada no ensino para pessoas portadoras de necessidades especiais, que era mundialmente reconhecida por seu trabalho.
Eu estava empolgada com a ideia de finalmente, poder ir à escola, como todas as outras pessoas. Dois meses se passaram e o dia da viagem chegou, decidimos não levar muita coisa e comprar tudo o que fosse necessário, quando chegássemos aos EUA.
Levei alguns dias para me adaptar ao novo fuso-horário e meu pai me matriculou na Lazy Town Middle School. No primeiro dia de aula, ele me acompanhou e chegamos mais cedo, para ele e uma das inspetoras me ajudarem a me familiarizar com os ambientes, corredores e salas de aula, foi bem tranquilo, o colégio era adaptado e eu me adaptei em pouquíssimo tempo.
Durante um dos intervalos, uma aluna chamada Monica e seu grupinho vieram implicar comigo, me pegaram desprevenida dessa vez, mas eu jurei que da próxima vez que eles viessem mexer comigo, ia me certificar de que não fariam novamente.
No começo, eu me mantive isolada e não falava com ninguém, frequentava as aulas normalmente e aproveitei para me especializar em informática avançada, já que os computadores de lá eram adaptados e possuíam programas que facilitavam o acesso às pessoas portadoras de necessidades especiais. Em um desses momentos no laboratório, esbarrei em um simpático rapaz, que também fazia parte do programa de tecnologia avançada da escola.
- Hei moça, mais cuidado... Perdoe-me, eu não havia me dado conta... Disse o rapaz, que parecia estar distraído com alguma coisa e não tinha me visto, um pouco atrapalhado e sem jeito.
- Tudo bem, da próxima vez, eu quebro o seu pescoço. Eu disse isso, com um tom sarcástico e abri um sorriso.
- Calma lá, já me faltam algumas coisas, não posso quebrar o que tenho. Estava aqui, desenvolvendo alguns protótipos robóticos... Essa escola é muito boa mesmo! Toda essa tecnologia! Ele disse, maravilhado e se distraindo novamente.
- Entendi, realmente, deve ser muito incrível... Agora, quem sabe, se você me disser o seu nome, eu até aceito um convite para sair. A não ser que eu precise quebrar o seu braço, para ver se você presta um pouco mais de atenção em mim... Eu disse, em um tom irônico e cruzei os braços.
- Ah sim, claro... Eu sou o Richard, muito prazer... O que? Sair? Você? Convite? Aceita?  Ele disse confuso e perdido, quase derrubando o tablet que estava em sua mão.
-Sim, eu deixo você sair comigo hoje à noite. Eu ri e achei interessantes as oscilações na voz dele, enquanto estava nervoso e perdido. Segui em direção à saída da sala e o chamei. Hei garotão, segure! Lancei o celular dele em sua direção e ele desajeitadamente conseguiu pegá-lo. Sou Anne, muito prazer. Meu número está salvo aí, pode me ligar. Sorri e fui para casa. Quando cheguei em casa, encontrei com meu pai, que parecia empolgado e queria conversar comigo.
- Filha, que bom que chegou! Está com fome? Como foi seu dia? Alguma novidade? Já fez algum amigo? Tenho uma novidade para te contar. Meu pai disse isso, de forma feliz e animada. Na verdade, ele sempre me fazia essas mesmas perguntas todos os dias, quando eu voltava da escola, só a parte da novidade que era incomum mesmo.
- Oi pai. Sim, estou morrendo de fome. Meu dia foi tranquilo, não bati em ninguém hoje. Sim, tenho uma novidade, acho que arrumei um namorado. Então, o que você queria me contar mesmo? Eu respondi, de forma natural, com exceção da parte do namorado, que eu respondi como se fosse à coisa mais normal do mundo.
- Ah sim, o almoço ficará pronto em uns dez minutos, você pode ir lavar as mãos... Ah, que bom minha filha... Peraí, namorado? Não entendi... É brincadeira, não é? Meu pai começou a ficar nervoso, gaguejando, parecia buscar palavras que fugiam de sua mente.
 - Ué, um namorado... O que que tem? Ah, não me diga que está com medo que alguém faça mal a sua filhinha. Já tenho quinze anos pai, não se preocupe, sei me defender e tenho praticado aquela minha joelhada fatal. Ele é muito simpático, um pouco lerdo, eu diria. E ele vem me buscar hoje à noite. Eu volto antes das dez. Relaxa. Eu respondi tratando o assunto como o mais normal possível, independente do que estivesse se passando na cabeça do meu pai. Aliás, qual era a novidade que você queria me contar? Perguntei a ele, de forma animada.
- Ah... Sim? Ah, claro! Venha comigo. Ele me estendeu o braço e estava me levando em direção à sala de estar. Sente-se aqui. Ele me ajudou a sentar em um banco macio e comprido. Agora, me dê suas mãos. Ele segurou em minhas mãos e as colocou em uma superfície um pouco fria, ao tocar, saíram alguns tipos de sons. Não é incrível? Ele disse com a maior empolgação.
- Hã...? Um piano? Nossa! Pai, Isso é ótimo! Eu quase dei um pulo de alegria.
- Sim, vou agendar as aulas com o seu professor de piano, essa semana mesmo. Eu não sei quem parecia estar mais empolgado com a novidade.
Fomos almoçar e Richard me ligou, ele disse que passaria de Caddy Drive, às dezenove horas para me buscar. Meu pai me ajudou a me arrumar e escolher uma roupa e tudo mais. Eu confesso que estava ansiosa e um pouco preocupada, pois não sabia o que fazer em um encontro. Mas, cheguei à conclusão de que deveria ser eu mesma e demonstrar o máximo de autoconfiança, como sempre. A noite chegou e o horário do encontro também. Meu pai decidiu me acompanhar até o carro, para ver de perto quem era o Richard e disse:
- Rapaz, considere-se a pessoa de maior sorte no mundo. De todos os meus bens, você está saindo com o mais precioso de todos. Espero que a traga de volta até  às vinte e duas horas, exatamente como ela está saindo, se não, teremos problemas e você não vai querer ter problemas comigo. Meu pai disse, em tom firme e sério, Richard ficou sem palavras e um nervoso.
- Eu... Eu... Aham... É... Não se preocupe, senhor... Richard estava nervoso, gaguejando.
- Não se preocupe, papai. Também prometo devolver o Richard inteiro no final do dia. Eu disse, de forma sarcástica, entrando no carro. Então, garotão, a comida desse restaurante é boa mesmo? Fica calmo, já pode parar de tremer. Dei um beijo em seu rosto. Sabe? Eu nunca comi comida mexicana e to morrendo de fome. Dei um sorriso e segurei na mão do Richard.
- Oi? Hã? Sim, é muito bom e os preços também são muito bons. Não me leve a mal, não quero que tenha a impressão errada a meu respeito, a minha renda vem da bolsa de estudos que eu recebo do colégio e dos prêmios que conquisto nas feiras de ciências e robótica. Ele parecia um pouco nervoso, mas já estava começando a ficar mais tranquilo.
- Não se preocupe. Eu sou o tipo de garota que divide a conta. Não sou do tipo interesseira. Fique tranquilo. Estou aqui pela companhia. Conversamos mais um pouco até chegarmos no restaurante.
O encontro foi tranquilo. Apesar da comida um pouco apimentada, mas depois eu me acostumei. Por ironia do destino, quando íamos dar o nosso primeiro beijo, um grupo de cinco assaltantes entrou no restaurante e iniciou um assalto. É incrível como essas coisas acontecem. Eu pensei: Não sou o tipo de garota que vai deixar isso acontecer assim. E me escondi debaixo da mesa. Devido ao estresse da situação, senti meus poderes se manifestando, infelizmente, não havia muito tempo para pensar e quando me dei conta, Richard também estava debaixo da mesa. Eu percebi que os óculos que ele usava estavam se transformando em uma espécie de capacete, ao mesmo tempo em que eu usava os meus poderes para esconder o meu rosto.
-Depois eu explico. Dissemos ao mesmo tempo.
Eu saí debaixo da mesa e usei meus poderes para lançar um raio de energia que quebrou todas as lâmpadas do restaurante, deixando tudo no escuro. Richard começou a atirar raios laser de seu capacete, eu prendi os cinco em uma rede energética e Richard os nocauteou com uma última rajada energética. Saímos correndo do restaurante. Eu deixei uma nota de cem dólares sob a mesa e fomos parar em um bosque próximo.
- Eu não sei como dizer isso, mas... Espero que... Começamos a falar ao mesmo tempo.
- Certo, vamos respirar. Então, eu não sei explicar exatamente como, mas, eu tenho poderes, eles se manifestam em situações de estresse. É isso! Eu estava um pouco nervosa, mas resolvi ser direta.
- Uau! A minha namorada tem superpoderes? Isso é incrível! Richard falou, animado e um pouco sem fôlego.
- Namorada é? Não tava sabendo disso não. Mas, tudo bem. Eu deixo você namorar comigo. Eu disse, meio sem graça, mas sem perder a pose.
- Sério? Eu tinha planos de fazer o pedido no final do encontro, mas, tudo aconteceu tão rápido... Nossa! Você aceita mesmo? Esse é o dia mais feliz da minha vida! Ele disse isso empolgadamente e nos beijamos.
- Então, eu acho que poderíamos fazer isso mais vezes! Eu respondi meio ofegante, após o beijo.
- O que exatamente? Sair para jantar, combater o crime ou nos beijarmos? Disse Richard, com um largo sorriso no rosto.
- Um pouco de cada coisa. Eu respondi, verificando a hora no celular. É, acho que está na hora de voltar para casa.
- Ah sim, o seu pai... É verdade... Disse o Richard, apavorado.
- Fica tranquilo, eu cuido dele. Aliás, eu gostei muito da forma como você enfrentou aqueles bandidos. Acho que formaremos uma ótima dupla. Eu o puxei e dei mais um beijo. Agora, precisamos ir.
- Uma dupla... Se isso é um sonho, eu não quero acordar... Certo, vamos! Amanhã, teremos muito que conversar. Disse o Richard, empolgado.


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Escritores:
Iury Maués
Produção:
Iury Maués
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