MH COMICS: O Jogo - Mundo Infinitesimal: O Mundo estranho #1



MH COMICS: O Jogo - Mundo Infinitesimal: O Mundo estranho #1
Escritores:
Luiz Mendes
Produção
Luiz Mendes
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Era só uma tarde quente de verão, em uma casa no bairro singelo no País tropical, continha uma cor azul tênue nos seus dois andares que transpareciam sua antiguidade. Era uma morada tradicional Portuguesa que se encontrava na esquina da pacata cidade marítima.
         Então como um alarido aveludado banhando o sol, uma outra luz saia do quarto do jovem da casa azulada, a rua nesse instante estava vazia, não parecia que aquele som computadorizado que se propagou em conjunto com a luz, havia despertado os vizinhos, nem mesmo os gatos sempre vigilantes em seus telhados. Aquela casa tinha características próprias muito diferentes de qualquer outra, pertencia então à família Latini, uma família italiana, ou descendente dos saídos do sul da Itália, alguns séculos atrás daquele verão de 2002. O jovem Latini, então programava o seu sonho, já era tarde estaria empenhado há meses em seu próprio jogo de computador. Em seu quarto bagunçado conviviam peças e brinquedos antigos que sobre a prateleira, como quem olhasse viria centenas de pequenas cavernas e galerias moldadas pelos espaços entre objetos e livros. Haviam tantos brinquedos e peças que suas micro - peças com pequenas molas e rodinhas dentadas, que  rivalizavam com as mais cruéis das Aranhas Negras, assassinas invisíveis, porém pequenas; quando se é um humano comum.
 Mas naquela quase noite, tudo foi iluminado pela luz roxeada que saiu do monitor, quando Alex Latini, estava para acabar e enfim nomear seu jogo viu então o teclado e fios remexidos e se não fosse pela mensagem na tela, seu coração teria explodido a bombear sangue pelas suas veias chegando até a cabeça, com suas cabeleiras loiras bagunçadas. A mensagem dizia “Finalizar, e começar o jogo?”, ao ler reconheceu sua própria tela de finalização, tremulo apertou a tecla Enter, e a luz invadio o quarto.
- Onde estou? Há alguns segundos atrás estava no meu quarto... Na minha casa, no meu País.
Pensou sozinho desesperado o Latini, se encontra em um cenário inusitado, sobre seu corpo o chão estava compacto, era completamente de madeira com fendas de variados tamanhos, e nesse novo lugar não havia céu nem nuvens, o que se havia no lugar era um firmamento que talvez fosse branco ou ao menos parecia e se tinha a sensação que era mais alto que o próprio céu.

Fazia frio, e no horizonte se enxergava uma penumbra acidentada que escondia ainda mais uma grande pedra em formato de obelisco, ou uma coluna tão alta que tocava o firmamento.
- Definitivamente, estou perdido... Que dor, minha perna!
Sentiu-se um estrangeiro em um deserto gelado e estava machucado, se continuasse ali poderia morrer. Sua perna sangrava e parecia que tinha caído de um lugar alto.
-Preciso saber onde estou. Pensou consigo mesmo.
- Minha cabeça e perna doem... Preciso sair daqui.
Alex vestia uma calça jeans claras que agora se encontra rasgada, mas nem a dor da sua canela ralada era maior que a da sua cabeça. Sempre foi curioso e por isso aprendeu muitas coisas sozinho como programar em computadores entre outras tecnologias. Acontece que agora parecia que sua cabeça fervilhava de informação que se conectavam.
Olhando para esquerda via como montanhas de madeira, peças geométricas e mais peças que aquela distancia era difícil de codificar, pensou então em iniciar sua jornada até lá. Sozinho era impossível, mas a sorte estava ao seu lado. Já adormecido, por pouco não se entregou ao frio, então foi acordado por um barulho de motor de corda que mais parecia um motor de brinquedo gigante, olhando a sua costa o som vinha acompanhado de um automóvel de aspecto estranho, que além do barulho é de cor amarelada e com rodas opacas de cor azul e carroceria lustrosa. Em sua cabine aberta se via uma pessoa, um garoto baixo e se vestia como se estivesse na Idade Media, com cinturões cheios de aparatos que em primeira vista, serviriam para corte e são como facas e espadas feitas de maneira rudimentar de garras e chifres. O garoto então bradou:
- Alto! Quem é o viajante? A carroça parou próximo, e assim ele desceu.
-Estou machucado, preciso de ajuda sou o Alex...
-Alex? Não conheço... Mas sei que se ficar aqui irar morrer... Deve ser de Bit Tower.
- Bit Tower? Não conheço, estava na minha casa.
Latini visualizou-o, e viu que o garoto era menor que ele, devia ter treze anos, parecia fraco mais sabia onde estava andando, ao perceber que isso poderia ser uma vantagem... Começou a perguntar.
- Onde estou não sou de Bit... Não vim de nenhum lugar.
- Esta na Fronteira, um lugar inóspito e cercado de perigo é frio e não há luz, teve sorte de nenhum Verme ou Besta insana vim te devorar...
- Vermes...? Disse Alex, com medo, mas curioso.
- Sim, moram nessas fendas no solo... Você não conhece a própria historia? Falando rápido e bem surpreso, o garoto prosseguira.
Então o Latini viu um momento para entender sobre tudo.
- Não, mas lembro de nada e minha perna doe. Interrompeu Alex.
- Não se preocupe, vou dar carona de graça dessa vez!... Disse o garoto prestativo e animado, como uma velha senhora que gosta de contar velhas lendas da constituição de todas as coisas.
-Bem sou um Trilheiro e sobrevivo dando carona a quem se perde nas Fronteiras, que é esse local que aqui estamos. Contou o jovem garoto, ajudando-o como uma forte muleta de cedro. Deu a mão a Alex a subir em seu carro engraçado, se ajeitando em meio a caixas e mais caixas de especiarias e objetos.
-Hum... Obrigado, nunca ouvi falar nisso tudo... Falou com imensa dor de cabeça o Latini.
- Espere, você está com sorte. Disse o garoto.
Meu nome é E.W e minha família é especialista na história de como tudo foi criado.

Então como explicava meu avô recebeu essa historia do avô do avô dele que recebeu de seus ancestrais, em tempos difíceis tudo que conhecemos existia como parte do nada, e eles os primeiros de nós chamavam todo o mundo material a sua volta de Infinitesimal. Essas formas tomaram vida vinda da Luz que não sabiam ao certo o que eram, mas a chamavam de Candelabrum Luminis que possuem diversos nomes e diversas formas, assim como o Gigante que a libertou que a quem chamamos de Algorítmo X ou principal Algorítmo, ou vulgarmente nos tempos atuais em Bit Tower é chamado de o Escolhido. Não sabemos os motivos mais os Gigantes travaram uma grande guerra pela posse da Candelabrum Luminis que em forma de Armadura Santa só protegia e vestia o Algorítmo X, nessa guerra nós fomos criados nosso povo é a infinita enésima parte da energia da Candelabrum Luminis, e para nossa proteção os primeiros de nós que viveram como nômades nessas terras inóspitas fundaram Bit Tower, e Endramel foi seu primeiro rei, da dinastia dos Bellatorum... De lá para cá cem dinastias foram criadas, e metade dessas sem que os gigantes aparecessem mais, e há muitas teorias em Infinitesimal sobre o desaparecimento destes, que talvez fosse o maior mistério do nosso mundo.
- Incrível... Um pouco louco eu diria, agora minha cabeça ferve mais ainda em milhares de perguntas e preciso de respostas. Disse Alex interrompendo, enquanto no ambiente já não havia luz e o palmo antes do carro era iluminado à luz de lampião que pendurado chacoalhava em uma haste de madeira perto a cabine do motorista.
- Talvez melhor maneira de sanar essas perguntas seja perguntando. Disse E.W, como quem dá uma dica valiosa.
- Ótimo, onde está Bit Tower? Talvez se encontrar essa cidade seja minha esperança de entender um pouco mais sobre isso... Falou Alex desesperadamente.
- Bit Tower se encontra muito longe daqui, não sei como veio parar aqui... Achei que você era de lá... Disse E.W curioso de sua origem.
- Não, sou da Terra. Estava em minha casa, iria receber uma visita. Alex falou aquilo engolindo seco, e pensou ter lembrando-se de algo muito importante, aquela visita de seu amigo estava marcada aquela tarde para mostrar seu mais novo projeto.
- Terra, do lugar do Escolhido? Deve está delirando... Bem melhor deitar e amanha quando a luz voltar, chegaremos ao nosso destino... Como combinado levarei você até as montanhas geométricas e depois seguirei o meu caminho. Disse E.W determinado.
- Sou da Terra... Mas não me incomodo, percebi que isso o aborreceu... Porem se estou aqui vou viver como se estivesse realmente aqui e ajudarei no seu destino, ajudar Bit Tower... Alex já iria falando como se fosse um verdadeiro Herói uma de suas características mais marcantes, mesmo sem conhecer nada deixou o seu senso de dever falar mais alto. Onde está o escolhido? Perguntou com imensa velocidade.
- Você é divertido, admiro sua força de vontade... Mas a única coisa que deve conseguir aqui é sobreviver... Disse E.W percebendo que Alex estava a fitar suas espadas feitas de presas de Aranhas Negras.
- Onde está o Escolhido? Disse Alex firme como se estivesse sendo  enrolado.
- Está morto. Respondeu E.W e quando o carro deu um tranco forte, tudo se apagou e nada mais foi visto.

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