MH COMICS: O Jogo - Mundo Infinitesimal: A Lenda do Pássaro Dourado #3



Então os dois jovens amarraram as cordas do balão firmemente nos pontos de ancoragem, levaram um bom tempo acertando o cilindro e outras partes pequenas do dispositivo responsável pela queima do material.
- Cuidado, essa dose tem que ser certa, se não vamos para os ares. Disse E.W quando Alex colocava pólvora no dispositivo. - Além de fogo, ela também faz parte das nossas armas de defesas...
-Armas de defesas... Então há mais do que só espadas arcaicas. Disse Alex que sabia que uma boa quantidade daquele material negro poderia explodir qualquer coisa, até rochas.
-Sim, por isso, suas roupas não são as mais apropriadas, podemos encontrar muitos perigos no caminho, como as perigosas Vespas Negras, que podem atravessar sua roupa com muita facilidade, e então acho que agora entende porque curtimos pele de outros Insetos para que possamos gerar nossa própria proteção. Disse E.W
- Sim, está claro... Tudo faz mais sentindo agora. Falou Alex pensativo de onde ele encontraria roupas como aquelas. Lá não parecia um lugar onde existisse shopping centers.

O carro saiu do chão como um estampido as cordas tracionaram fazem um som seco no ar, o tempo está bom, mas dependendo da altura ele varia muito, é muito diferente do mundo de Alex. As coisas mudam muito rápidas aqui até a velocidade do Ar.
- Estamos voando... Estou com pouco de faltar de ar... Creio. Disse Alex maravilhado e passando mal com o ar rarefeito.
- você acostuma... Responda-me uma coisa? Disse E.W enquanto ambos viam a maravilhosa vista de um desfiladeiro cada vez mais crescente. O carro navegava pelo ar perto de um dos pilares de madeira, que agora serviam como guia.
- Então disse que é da Terra, o que me chamou atenção é que disse que tem outro como você por essas bandas. Se isso for verdade eu serei propenso a acreditar realmente em suas palavras. Um já é estranho, agora dois? E realmente eu sei que só há pessoas perdidas assim em Bit Tower, quer dizer não acostumadas as Fronteiras. Disse E.W agora muito mais serio.
- Sim, eu vim da Terra... E vou voltar para lá com a sua ajuda. E esse som reverberou pelo Ar que agora estava quente e carregado.
-... Eu sei algumas coisas sobre a Terra, sei o que meu tio me contou sobre ela. Interrompeu E.W
- Tio? Indagou Alex.
- Sim, como eu disse não há como sobreviver sozinho nas Fronteiras, e estou trabalhando com meu tio que está ao sul daqui, estava indo ao encontro dele até te achar caído...
- Prossiga, por favor, como posso sair daqui...
- Os antigos dizem que existe um jeito, enfrentando uma criatura forte e valente ao extremo sul do sul daqui, essa criatura tem penas e voa melhor que os Louva-Deuses, plana melhor que a Borboleta Anciã. Tem que subir a onde a montanhas de mármore são cortadas, ate o mais extremo das montanhas e depois, combater a criatura, com seu Bico dourado... Disse E.W empolgando-se.
- Mas não passa de lenda não é? Disse Alex já percebendo a empolgação exorbitante.
- Exatamente, só lenda... Historia de Trilheiros... Falou E.W como se os Trilheiros acumulassem séculos de Historias Fantásticas.
- Tube bem, farei de tudo para ir para casa mais saiba que pretendo ser grato por tudo que você esta fazendo por mim, então ficarei aqui e tratarei de ajudar... Talvez Bit Tower precise de minha ajuda, algum dia. Disse Alex.
- Tudo que precisa fazer é sobreviver... Bit tower é uma grande cidades com arranha céus. Sabe se defender. Ela não costuma tratar bem seus heróis, não ira gostar de ser herói daquele lugar... As pessoas só pensam nelas mesmas por lá. Disse E.W tristemente convicto.
- Todos tem um objetivo e todos precisam de esperança e ter um herói... Algum dia serei o herói desses lugares. Vou encontrar meu amigo S.G com certeza seremos prestativos.

O Ar estava agora frio e suave enquanto subiam já não se podia ver o chão, tudo ficou para trás e agora era para valer, a espreita da nave uma teia confusa emaranhada possuía oito olhos vivos, na base do platô do pilar usado com guia pelo jovem Trilheiro. A conversa distraíram os dois, mas estavam muito longe para um possível bote da Aranha. O cilindro estava quente e o calor fumegava balão adentro.
- Essa Teia é incrível jamais pensei ver isso tão de perto como agora... Disse agora com um suspiro e surpresa. Falou da teia que esta a alguns metros de distancia da nave.
- Sim, parece inabitada. Disse E.W, pôs não se podia ver nada além de fios pendurados de um ponto a outro.
- Talvez, este lugar realmente seja um incrível mundo. Pronunciou Alex que já não podia esperar o que estava por vim. Queria tomar aquela aventura para si, e talvez dormir já fosse difícil ao sonhar aqueles cenários fantásticos.
Porém aquele momento, não era hora da comoção. O Ar retornava ficar pesado e a luz se esvaia devagar, podia se sentir o carro bailar subindo deslizando pela atmosfera densa acumulando gotas de água no topo entre o plástico grosso e as plantas que serviam de adorno útil. Estranhamente naquela hora Alex fitou de repente o rosto do menino E.W, estava apavorado, em um instante o pavor tomou conta da sua face como quem visse algo realmente assustador na costa de Alex. O jovem Latini então logo entendeu, com pouco espaço entre as caixas tratou de virar-se bem devagar.

Um lugar morno com solo espesso coberto de uma poeira bem fina como o mais branco talco. Ao longe podia se ver uma parede maleável como feita de um tecido de renda fino sobre este mesmo terreno, tinha-se a impressão de que podia alçar voo a qualquer momento ao impacto do vento. E de muito, muito, longe ao sul encontra-se a robusta pedra que era como pilar que sustentava o céu, mas dessa altura, o mesmo nível de solo do Platô Central, podia se ver o meio do grande pilar como uma grande espinha dorsal, e presenciar exatamente seu ponto médio e ao subir com os olhos encontrava-se uma imensa caixa preta como ébano e aparência rustica constituída de ponteiras enormes que davam voltas indicando números de aparência titânica, o Relógio da Vida.
Olhava como se não pudesse acreditar o jovem S.G Carvalho, esfregava seus olhos então com força deixando a face ruborizada. Não sabia onde estava e não se lembrava de nada muito distante no tempo, exceto minutos atrás. Estava na casa do seu amigo Alex Latini, entrando vagarosamente, estava acostumado com aquele ambiente, porém naquele dia assim o procedeu. Abriu a porta do quarto onde se encontrava o computador com a tela roxeada com a mórbida mensagem, havia lhe chamado à atenção e como no passe de mágica, estava a contemplar esse cenário imenso do Platô Central.
- Onde estou? Alex!...Alex! Gritou com esperança, mas seu grito reverberou ecoando por todos os lados logo sendo abafado pela imensidão.
Não estava machucado, o solo fofo teria amortecido sua queda, que parecia que tinha sido de um lugar alto. A única certeza e que está perdido e queria ajuda, o ar morno entrava em seus pulmões e o sufocava.
- Tenho que sair daqui, irei correr em busca de ajuda. Pensou em um ato um tanto desesperado.
Correu por entre aquela extensão, levantando poeira onde passava, sem norte, por algumas horas o fez e já estava cansado, colocou as mãos sobre seus próprios joelhos como quem desiste.
- Não pode ser não há ninguém aqui? Olhou para os lados desesperado.
Mas existia uma chama ao longe, que transmitia som de folhas secas ao queimar. Havia ali três homens que vestiam roupas rusticas feitas de coros e peles, dava para notar que portavam armas igualmente rusticas feitas de presas, tudo normal se comparado à imensa Formiga Vermelha que esta atrás dos homens, caída e morta, devia ter aproximadamente quatro metros de altura pelos padrões que S.G conhecia. Olhando tudo aquilo um medo se abateu em seus ombros.


MH Comics: O Jogo - Mundo Infinitesimal: A Lenda do Pássaro Dourado #3
Escritores:
Luiz Mendes
Produção:
Luiz Mendes
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